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A partir do momento em que as construções são entregues, elas passam por exposições que de forma natural causam uma…

ENGENHARIA CONDOMINIAL

Atualmente 84% da população brasileira reside em cidades. Toda essa urbanização fez com que surgissem problemas estruturais e sociais, incluindo…

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PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES E MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Patologia é a ciência que estuda a origem dos mecanismos, os sintomas e a natureza das doenças.

Seu termo deriva da palavra grega "pathos", que significa sofrimento, doença e da palavra "logia", que significa ciência, estudo. Portanto, estudo das doenças.

Essa ciência estuda o desvio de tudo aquilo que é admitido como normal, ou seja, uma anormalidade que conflita com a integridade ou com o comportamento habitual.

Nesses estudos estabelecem-se os termos e descrevem-se os processos de evolução, os mecanismos dos fenômenos danosos e os sintomas de descaracterização do elemento, investigando e classificando as causas, origens e danos ou doenças existentes sobre um corpo ou matéria.

Dessa forma, a PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES é a ciência que estuda de forma sistêmica as manifestações patológicas possíveis de ocorrerem em uma construção; buscando diagnosticar as origens e compreender os mecanismos de degradação e de evolução do processo patológico, além das suas manifestações.

Nesse caso, também é importante entender o conceito de manifestações patológicas, sendo as degradações identificadas na edificação, as quais podem nascer na elaboração do projeto, execução da obra ou ao longo do tempo pela utilização.

No entanto, cabe destacar que o envelhecimento natural não é um problema patológico. Envelhecer dignamente é um processo natural e desejado para as edificações.

Após todas as contextualizações/definições acima, entende-se que a razão para adesão desses termos na engenharia, é a similaridade entre a edificação e o corpo humano.

Fica fácil estabelecermos uma analogia entre os elementos estruturais de um edifício e o esqueleto humano, uma vez que a função destes é de sustentar. Ou, entre os elementos de alvenaria e a musculatura do corpo, que fazem o papel de complemento das estruturas citadas, e ainda das instalações prediais (elétricas, hidrossanitárias, gás) ao sistema circulatório do corpo humano, sendo que ambos transportam por dutos os elementos essenciais para o funcionamento.

Imagem demonstrativa das similaridades entre o corpo humano e uma edificação.
INSPEÇÃO PREDIAL

A partir do momento em que as construções são entregues, elas passam por exposições que de forma natural causam uma perda de desempenho, devido a ações de agentes de degradação.

As coberturas e fachadas das edificações são as grandes protagonistas desse ciclo existencial.

Devido a isso, para que as construções sejam mais duráveis, é preciso agir no planejamento e projeto, considerando as especificações que atendam a vida útil de projeto (VUP) necessária para cada sistema. E também, durante a fase de construção, a execução deve ser rigorosamente controlada para garantir que o projeto está sendo devidamente executado com os padrões de qualidade. E, por fim, as manutenções e ações de inspeções preditivas são fundamentais para que as construções possam apresentar maior durabilidade.

Porém essa “conscientização” da sociedade brasileira não é fácil. Sendo que algumas exigências precisaram ser feitas por normatização técnica e por força constitucional este poder foi acordado com a ABNT.

Para o caso das inspeções prediais, em maio de 2020, foi publicado a ABNT NBR 16747 (Inspeção predial – Diretrizes, conceitos, terminologia e procedimento)

A inspeção predial, objeto da norma, tem como objetivo constatar o estado de conservação e funcionamento da edificação, seus sistemas e subsistemas, de forma a permitir um acompanhamento do comportamento durante o tempo de uso da vida útil, para que sejam mantidas as condições mínimas de SEGURANÇA, HABITABILIDADE e DURABILIDADE.

As Inspeções e aplicam às edificações de qualquer tipologia, pública ou privada, para que seja feito um check up da edificação através de exames sensoriais, com registro das anomalias, falhas de manutenção, uso, operação e manifestações patologias identificadas nos diversos componentes de uma edificação, abrangendo: 

SEGURANÇA: estrutural, contra incêndio e no uso e na operação.

HABITABILIDADE: estanqueidade, saúde, higiene e qualidade do ar.

SUSTENTABILIDADE: durabilidade e manutenibilidade.

O processo de inspeção predial é realizado através da seguinte metodologia:

- Levantamento de dados e documentações;

- Análise do material e informações coletadas;

- Anamnese para identificação das características construtivas, como idade, históricos de manutenção, intervenções, reformas e alterações de uso;

- Vistoria da edificação de forma sistêmica;

- Classificação das irregularidades: anomalias ou falhas;

- Recomendações das ações necessárias para restaurar ou preservar;

- Organizar as prioridades em patamares de urgência;

- Avaliação da manutenção, conforme ABNT 5674;

- Avaliação do uso;

- Redação e emissão do laudo técnico de inspeção e ART;

ENGENHARIA CONDOMINIAL

Atualmente 84% da população brasileira reside em cidades. Toda essa urbanização fez com que surgissem problemas estruturais e sociais, incluindo questões relacionadas à segurança. Com isso, os projetos de condomínios, tanto residenciais quanto comerciais, se expandiram significativamente.

Esse crescimento em números e tamanho, fez surgir a complexidade da sua gestão, demandando cuidados específicos por parte de seus gestores. Desde aspectos administrativos até conhecimento de engenharia e construção. 

A proteção das relações condominiais, não devem ser aplicadas apenas em questões jurídicas. A proteção também diz respeito à saúde e segurança dos moradores e frequentadores. 

O desempenho de uma edificação e seus sistemas preservados, garantem a exigência dos usuários quanto à SEGURANÇA, HABITABILIDADE e SUSTENTABILIDADE.

Embora o direito e a engenharia ainda não caminhem lado a lado, a doutrina da engenharia diagnóstica aproximou as duas ciências.

Gestores e administradores que usam suporte técnico para apoiar sua gestão, promovem economia, segurança e o bem-estar de todos. 

No âmbito da engenharia civil, esse suporte é importante nas atividades de uso, operação e manutenção dos condomínios, como forma de assegurar as garantias, a funcionalidade e as exigências do usuário durante toda vida útil daquela construção, que muitas vezes são ampliadas significativamente. 

Normas e procedimentos, muitas vezes são negligenciados, mas hoje recebem amparo legal de responsabilização no novo Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor.

A partir de algumas normas da ABNT, que vem estabelecendo e sistematizando padrões técnicos a serem seguidos, passou-se a entender de fato, que a partir da entrega da edificação, o condomínio (e seus adquirentes) passaram a ter o dever de realizar manutenção regulares, sob pena de, não o fazendo, eventualmente, eximimos de responsabilidades por vício construtivo atribuídas ao construtor/incorporador. 

É cada vez mais comum, processos jurídicos contra síndicos e gestores por negligência ou omissão. Nesse contexto, a figura de um gestor com visão ampla sobre todos os aspectos administrativos e técnicos, a fim de preservar o patrimônio, a segurança dos condôminos é primordial. 

Portanto, faz-se necessário ampliar as informações para os atores desse mercado, levando ao debate as implicações de mau uso e as responsabilidades de cada parte, desde o projetista até o usuário final. 

A engenharia condominial é uma especialidade da Engenharia Diagnóstica voltada exclusivamente para a área condominial e suas questões específicas, como o planejamento e implementações das manutenções e reformas, gestão de contratos e outros serviços que envolvam as engenharias. 

Portanto, após essa contextualização podemos definir a ENGENHARIA CONDOMINIAL como diretrizes técnicas que orientam a gestão condominial quanto ao planejamento e a aplicação dos procedimentos necessários para que o condomínio esteja em conformidade com as normas e regulamentos oficiais.